Há sei lá quanto tempo atrás, começou um burburinho no meu trabalho com um tal livro chamado 50 tons de cinza.
De início, não dei muita bola, afinal estava trabalhando tanto, que não tinha tempo pra minha tão sonhada academia durante a semana, e nos finais de semana eu só pensava em dormir e ver o Pedro.
Mas aí esse burburinho começou a pegar fogo!!! As meninas estavam incontroláveis e eu não entendia o porquê! E não era só no trabalho, mas em todo lugar. E minhas melhores amigas entraram na onda. Tive como resistir? Claro que não!
O primeiro livro me pegou de jeito. Nunca havia lido antes um livro desta categoria, leia-se ‘Romance com muito, muito sexo detalhado’. E isso, é a primeira coisa que surpreende porque é o ponto fora da curva! Afinal, é um romance (de fato!), mas com todas as cenas eróticas possíveis e imagináveis que se pode ter direito, e isso é algo que nunca colocam nos filmes românticos que toda mulher adora ver, onde só aparece o papai-mamãe embaixo o lençol com meia luz.
É claro que isso é o que fez o burburinho tomar forma, mas esse ponto é só o primeiro a surpreender. A trama toda envolvida é muito boa! Lendo o livro, você fica tentando descobrir o porquê dele ser controlador e ter submissas, qual a razão dele ser tão perturbado e ter problemas psicológicos desde a infância…um “mistério” só. E o outro ponto alto, é claro, é como a Anastasia (que é toda tímida, atrapalhada), sem querer mesmo, consegue magnetizá-lo, ajudá-lo com seus traumas e vai mudando-o aos poucos sem perceber. A história, como um todo não é nada de ‘violência contra a mulher, machismo, nem nada nisso’ como muita gente acha.
O segundo e o terceiro livros também são bons. A história deles vai sendo melhor definida e tem um suspense envolvendo outro personagem. Principalmente o terceiro livro já é o oposto do primeiro, e pra quem estava interessada em só ler cenas de sexo, tenho certeza não o leu ou parou pela metade, afinal o foco total é o romance.
O resumo da trilogia de livros? Gostei MUITO! E o legal é ver como o amor pode tocar e mudar qualquer um mesmo.
Bom, mas aí vem o filme tão aguardado! Teria ou não aquelas inúmeras cenas de sexo e todos os detalhes contados no livro? Foi o que eu descobri no Carnaval com as minhas duas melhores amigas, a Paula e a Tayane, já que não fomos ‘foliar’.
Antes de mostrar a minha percepção, pedi pra Tayane dar seus parênteses sobre o filme.
“50 tons de cinza é Jamie Dornan. Apesar de não ser o Grey dos sonhos, segura bem o filme e prende a atenção da audiência feminina. Vale por ele.”
E eu…como um geral, gostei MUITO!
Mas se é igual ao livro? Não, nem um pouco. É claro que a história é a mesma, mas o foco do filme está no romance e não nas cenas de sexo.
Achei que o Jamie Dornan foi bem, mas eu esperava muito mais. Ele é bonito e charmoso como deveria ser o Sr. Grey, tem uma voz intimidadora e sexy, mas faltou um pouco de pegada e mais do lado controlador do personagem. Talvez tenha faltado justamente pelo foco do filme estar mais no romance.
Já Dakota Johnson ARRASOU! A atriz me surpreendeu demais e encarou a Anastasia Steele com maestria. Nem precisou da sua ‘deusa interior’ (muito engraçada e presente no livro) pra marcar a personagem. E haja coragem, heim mulher? Ficou peladona em várias cenas.
Outro ponto a favor é a trilha! BOA DEMAIS com músicas viciantes e que fazem total sentido nas cenas.
O ruim é que faltaram alguns detalhes da trama que foram super legais ler no livro, mas eu entendo. O filme já tem mais de 2 horas, e teria umas 5 se colocassem mais detalhes.
Vale comentar sobre a sessão no cinema. 90% era mulher. As risadas, ‘Aaaaahs’, comentários, e reações em geral ao longo do filme aconteceram a todo momento. O mais legal foi que os homens participavam e acabou rolando vários comentários engraçados, um que até fez a Paula chorar de tanto rir! > “Amor, depois daqui vamos passar no Telhanorte?” – Hahahahaha, quem leu o livro ou viu o filme vai entender!
Independentemente da história e todas as críticas que o filme está sofrendo, acho que ele teve um papel bem feito: mostrou pra muita gente o que é submissão, que muita gente nem imaginava poder existir (não sou nada a favor, pois pra mim o sexo é um momento do casal e de entrega mútua, mas cada um com seu fetiche, né?), e abriu a cabeça da galera, principalmente das mulheres, sobre o sexo num geral – esqueça a parte da submissão, ok? – onde é possível variar, sair da rotina, usar acessórios e se entregar ao prazer com auto-confiança.
Eu com certeza vou ver o segundo e o terceiro filmes, e recomendo pra todos os curiosos que estão naquelas ‘Quero ver, mas não quero dar o braço a torcer’ pararem de frescura e irem logo assistir poxa, assim pode ter uma opinião fundamentada sobre a história!
E quem viu, gostou?
Beijos,
Mel.
Ei Mel. Como você já sabe, eu não gostei. Admito que a Dakota representou muito bem o papel, mas não conseguiu salvar a história. Como gosto é pessoal e cada um tem o seu acho importante é que as pessoas tenham mais acesso a esse tipo de conteúdo e tirem as suas próprias conclusões sem se deixar levar por opiniões alheias. Beijo.
Mel..
Só queria registrar que fico feliz que alguem tenha tido exatamente as mesmas visões que eu sobre o filme.
Ando em longas discussões com mulheres feministas que acusam o publico do 50 tons de, acredite, apoiar a violecia sexual.
Me impressiona a capacidade das pessoas em distorcer, e pelo que me parece, apenas pelo prazer de ser do contra, de criticar. A interpretação é livre, e se assim fosse, metade do mundo apoiaria a violencia?
Enfim..
Ainda sobre o filme..
Louca pelos proximos! E ah, com beeeijos dignos do filme! Faltaram longos e quentes beijos!
Luma, que bacana seu comentário!
Tenho a mesma impressão que você!
E como comentei com outras pessoas já, muitas pessoas fazem uma avaliação muito rasa sobre o filme, sem nem ao menos ter lido a trilogia ou visto o filme, e baseado ainda em coisas que leram na internet ou ouviram de outros que são contra. Vai virando um telefone sem fio sem fim…
Quero só ver quando chegar o terceiro filme, se todos irão sustentar essas opiniões!
Beijo,
Mel.
Mel, adorei seu texto e concordo plenamente!
Eu li a trilogia e estava louca para assistir o filme. É sim uma historia de romance! E concordo que no cinema eles potencializaram a parte do romance para ficar mais “ameno”. E também concordo que o ator poderia ter mais atitude, confesso que me decepcionei um pouco por ele ter essa aparência de ” bebê “, e não o aspecto mais homem que eu imaginei quando li.
E também fiquei confusa com algumas coisas do filme que não existem no livro. Tipo aquele passeio na floresta! Oi?? Hahah
Espero pelo próximo filme! Com certeza vou assistir todos! Principalmente pela ótima atuação da Ana.
Bjs
Náiadi, muitas amigas também concordaram. Acho que foram quase unânimes esses pontos, né?
E bem lembrado, não comentei sobre este ponto. Não consigo lembrar mesmo desta cena no livro…hahaha.
E vamos aguardar os próximos! =)
Beijo grande!
Mel.
Eu não li os livros mas vou ter que assistir o filme de curioso. O assunto do momento no meu serviço é esse!
Você escreve muito bem! Parabéns pelo trabalho e sucessos!!
Obrigada!!!
E assista sim. Esse filme será assunto por muito tempo.
Independente das opiniões, o filme foi bom o suficiente para parar o mundo, pelo menos um pouquinho. Ele rendeu uma ótima bilheteria, muito acima dos custos de produção e, fora isso, fez todo mundo perder pelo menos cinco minutinhos para debater sobre ele. Já bem diria meu alter ego, Taylor Swift “haters gonna hate, hate, hate”. Mas enquanto isso o longa sobe nas listas de mais assistidos, a E.L.James fica mais rica, o Jamie Dornan mais gostoso, as mulheres mais liberais quanto ao sexo e as pessoas focam em algo melhor do que falar da vida alheia. Parabéns pela crítica, amiga! Pontual, direta e bem escrita.
Concordo 100% com você! E vamos lá, menos mimimi sobre tudo!
E muito obrigada, amiga. Como eu disse, sua opinião jornalística conta muito pra mim.
Beijos,
Mel.
Mel,
Também gostei do teu texto.
Como não li os livros, fui ao cinema de mente completamente aberta, em busca de um filme, que poderia ser legal ou não. Eu estava curioso, pois minha esposa leu os livros.
Eu gostei muito do filme. Tenho escutado e lido opiniões diversas. Eu fico com as críticas positivas.
Me parece que existem pessoas que não leram o livro( como eu), mas falam como entendidos. Eu sei que há muito enredo pela frente, que fazer uma avaliação tachativa antes de assistir à trilogia, é ,no mínimo, superficial demais.
Trata-se de uma história de amor com pitadas de dominação, submissão, e outros ingredientes para esquentar o enredo. Acredito que a história é muito rica, e pela frente outros detalhes que despertaram a minha curiosidade virão à tona, envolvendo o passado do Sr. Grey.
No meu blog, foi uma enxurrada de críticas falando desde sadomasoquismo à violência doméstica. Acho que as pessoas estão tangenciando o tema do filme, deixando-se levar por paixões muito pessoais. Mas respeito a opinião de todos, espero que continuemos intercambiando ideias instigantes nos próximos dois filmes da série.
Lendo o teu texto, estou mais motivado a ler, então, os livros. Vou fazer esse sacrifício! Em nome da curiosidade!!!! Abraço!
Marcos
Marcos,
Eu li os comentários no seu blog e concordo com você.
Não se pode falar com tanta propriedade sem nem ao mesmo ler o livro ou ver o filme. E o primeiro é só o início de muita história mesmo que tem pela frente.
Algumas pessoas ficam cegas e só enxergam o que querem.
E leia os livros sim! Você vai ter outra percepção, talvez ainda melhor, da história! 😉
Mel.
Eu não li o livro… E nem quero! Depois do que vi no filme.. Bien, bien, bien.. Money é money… Aceita apanhar por tu mesmo sem nem poder ter amigos, estar conversando com sua mãe em paz, estar em uma boate, sem o controle o MACHO.. Bom, isso não me representa e nem satisfaz sexualmente… Fantasias mirins, gelo!? Ops! Isso já se fazia em 9 e meia semanas de amor! Mas se foi proveitoso para alguém… Tá valendo! Realmente, eu não curto e nem compartilho! Não se enganem, não é uma história de amor…
Bom, até o terceiro filme você vai ver muita história de amor, Michele! Dê uma chance pros próximos filmes, mesmo que não tenha gostado. Vale por entretenimento.
Mas o bom são as pessoas terem opiniões controversas. Se todo mundo pensasse igual o mundo seria muito chato, né? 😉